A Secoya promove entre os dias 10/06 e 12/07, no município de Rio Preto da Eva, a XI Etapa do Curso de Formação de Professores Yanomami, que conta com a presença de dezenove professores e duas lideranças tradicionais Yanomami oriundos dos rios Marauiá e Demini localizados nos municípios de Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos respectivamente.

A Prática e o Papel Político Pedagógico do Educador Yanomami são as temáticas centrais desta etapa, tendo como foco o professor e o desenvolvimento de suas múltiplas competências como agente político dentro de sua comunidade, promotor da construção e da manutenção da Escola Diferenciada e mediador da relação de ensino aprendizagem.

Imagem aérea mostra balsas de garimpo no rio Mucajaí (Foto: Hutukara)

Um primeiro diagnóstico feito pela Frente de Proteção Etnoambiental Yanomami detectou aproximadamente 3 mil  garimpeiros nas calhas dos rios Mucajaí, Uraricoera, Catrimani, Parima e Apiaú. Foram localizadas 42 pistas de pouso clandestinas em atividade e centenas de balsas de garimpo.

Desde então, foram realizadas 17 operações de combate a extração ilegal de minérios, além da construção de três bases de proteção etnoambiental. Mais uma base está em construção e a previsão é que, até 2015, mais seis bases sejam construídas na terra indígena.

Desde 2004, não eram realizadas operações para combater o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. A partir de 2010, quando a Funai criou a Frente de Proteção Etnoambiental Yanomami e Ye´kuana (FPEYY), que foi implementada em 2011, começaram ações mais consistentes em resposta às denúncias recebidas dos índios e suas comunidades.

A Frente iniciou suas ações pelo Rio Mucajaí, onde existem índios isolados, avistados em 2011. O rio estava quase todo tomado por garimpo, que tinha como entrada principal a Pista do Botinha, na Serra da Estrutura, localizada no alto curso do Rio Mucajaí, por onde entravam a maioria dos voos com homens e material para abastecimento do garimpo.

Hipólito Pukimapiweiteri, Adriano Pukimapiweiteri e Carlito Iximauteri,

Carlito Iximauteri, Hipólito Pukimapiweiteri e Adriano Pukimapiweiteri , lideranças Yanomami do rio Marauiá-AM,  integraram a delegação de lideranças indígenas do Amazonas que foram a Brasília-DF participar das manifestações do “Abril Indígena” junto com mais de 700 lideranças de 121 povos e várias organizações indígenas de todas as regiões do Brasil, no período de 15 a 19 de abril de 2013.

A iniciativa desse Abril Indígena não tinha caráter festivo, mas de preocupação face ao quadro de ameaças aos direitos indígenas assegurados pela Constituição Federal e tratados internacionais como a Convenção 169 de Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Declaração da ONU sobre os direitos.

Anexos

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