SAUDE YANOMAMI: Hutukara envia carta ao MS pedindo nomeação de Catallano PDF Imprimir E-mail
Ter, 18 de Março de 2014 15:15

"Queremos que João Batista Catalano seja nomeado para coordenar o Distrito"

A Hutukara Associação Yanomami (HAY) e a Associação dos Povos Ye’kuana do Brasil (APYB) enviaram uma carta ao Ministério da Saúde denunciando a crise na saúde Yanomami e Ye’kuana e pedindo a nomeação do funcionário público federal João Batista Catallano, para o cargo de coordenador do Distrito de Saúde.

Na carta, a entidade solicita uma audiência para explicar a situação de saúde, e especifica dados em que afirma que a mortalidade infantil atingiu índices alarmantes. Segundo a Hutukara, de janeiro a agosto de 2013 o índice de mortalidade infantil na TI Yanomami foi de 113,5, segundo dados da própria Sesai, sendo que no ano de 2000 esse índice era de 49,03.

A Malária registrou 70,6 casos em cada mil habitantes, sendo que 10 anos antes, em 2003, o índice foi de 41,8. Quanto ao tratamento de verminose, diminuiu de 94,5% tratados em 2003, para 37,5% em 2013. “Os indicadores de saúde acima apresentados não correspondem aos recursos investidos no DSEI Yanomami e Ye’kuana indicados no Portal da Transparência que somam R$ 69,8 milhoes".

"Queremos reforçar o pedido de que o senhor João Batista Catalano seja nomeado para o cargo de Coordenador do Distrito, feito no final do ano passado”, disse o Presidente da Hutukara, Davi Kopenawa na carta, também assinada por vários representantes indígenas. Com informações da Hutukara.

Fonte: Folha de Boa Vista
 
FPEYY recebe denúncia de abuso de crianças indígenas, em Roraima PDF Imprimir E-mail
Sex, 14 de Março de 2014 13:13

Casos foram relatados à Frente de Proteção Etnoambiental Yanomami.

Dono de garimpo é apontado pelos indígenas como suposto estuprador.

Garimpeiros retirados da Terra Indígena Yanomami foram levados para a sede da Polícia Federal em Roraima (Foto: Natacha Portal/ G1)

Uma liderança da Maloca do Papiú, localizada a mais de 200 quilômetros de Boa Vista, entre os munícípios de Alto Alegre e Iracema, denunciou à Frente de Proteção Etnoambiental Yanomami e Ye´kuana (FPEYY) que um dono de garimpo naquela região teria abusado sexualmente de meninas indígenas de 12 e 13 anos, além de submeter jovens índios a trabalho escravo.

A denúncia foi feita durante uma operação conjunta da Polícia Militar de Roraima e Funai na Terra Indígena Yanomami, quando um garimpo foi desarticulado no começo desta semana. Segundo o coordenador da FPEYY, João Catalano, a equipe, que já estava na operação 'Korekorema' na terra Yanomami, foi ao local para apurar as denúncias.

"Chegamos à comunidade [Maloca do Papiú] na sexta-feira (7). Após três dias de caminhada, estávamos no garimpo, onde constatamos a denúncia e encontramos o suspeito, que tem 45 anos", declarou Catalano na tarde desta quarta-feira (12).

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Comunidades indígenas do baixo e médio rio Negro discutem educação escolar indígena PDF Imprimir E-mail
Qui, 13 de Fevereiro de 2014 19:38

Na foto Liborio Sodré Diniz, apresenta resultado de trabalhos em grupo durante o Seminário de Educação Escolar Indígena em Itapereira

A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn) e a Fundação Nacional do Índio (Funai), em parceria com o ISA, realizaram, na comunidade de Itapereira, de 28 a 30 de janeiro, o seminário de Educação Escolar Indígena. Cerca de 70 pessoas das etnias Arapaso, Baré, Baniwa, Carapanã, Cubeo, Desano, Piratapuia, Tariano, Tukano e Tuyuka, representando 13 comunidades participaram do evento entre lideranças comunitárias, das associações indígenas e representantes da Coordenadoria das Associações Indígenas do Médio e Baixo Rio Negro. Além deles estiveram presentes o assessor do Departamento de Assuntos Indígenas da prefeitura de São Gabriel da Cachoeira, professores indígenas, pais e alunos.

O seminário faz parte do projeto da Foirn, denominado “Seminários de Educação Escolar Indígena” – lançado em 21 de janeiro de 2014.  Tem como objetivo, no âmbito da política dos Territórios Etnoeducacionais, realizar um diagnóstico ampliado e aprofundado sobre a realidade da educação escolar indígena nas cinco regiões administrativas do rio Negro, promover o intercâmbio de experiências, propor, de forma mais específica, melhorias de infraestrutura, metodologias de ensino, formação de professores indígenas, elaboração de projetos políticos pedagógicos indígenas – na perspectiva da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI), política instituída pelo decreto 7.747, de 5 de junho de 2012 – e, aprofundar a discussão político-filosófica da educação escolar indígena e suas especificidades rio-negrinas.

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Funai realiza ação para retirar garimpeiros da área Yanomami PDF Imprimir E-mail
Qui, 13 de Fevereiro de 2014 18:09

A Fundação Nacional do Índio (Funai) iniciou, na quinta-feira, a primeira ação de retirada de garimpeiros deste ano, na terra indígena Yanomami. A missão, chamada de Korekore, vai durar trinta dias, com o objetivo de prender 200 garimpeiros que atuam ilegalmente no rio Uraricoera.

A operação envolve 15 servidores da Funai, que na quinta-feira foram levados de avião para a base inaugurada no ano passado nas margens do Uraricoera, e dois policiais federais. Conta ainda com 18 policiais militares da Cipa (Companhia Independente de Policiamento Ambiental) e do Bope, que se deslocaram ontem para a região.

Barco com vários garimpeiros subindo o rio Uraricoera

Os yanomami dão apoio ao trabalho da Funai e dos policiais, servindo de guias e de pilotos dos barcos pelo Uraricoera e seus afluentes.

A fiscalização ocorre em uma faixa de cinquenta a setenta quilômetros do rio, atualmente o principal ponto de extração ilegal de ouro na reserva indígena.

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Ministério confirma demissão de coordenadora do Dsei-Y, em Roraima PDF Imprimir E-mail
Seg, 03 de Fevereiro de 2014 14:24


A coordenadora interina (de branco) participa de reunião com lideranças indígenas; à direita, vestida de preto, a representante do MS (Foto: Érico Veríssimo/G1RR)

Após mais de três horas em reunião com lideranças indígenas Yanomami na tarde desta sexta-feira (3), o Ministério da Saúde (MS) confirmou por nota a exoneração de Joana Claudete Schuertz, então coordenadora do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei-Y). O encontro ocorreu no prédio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) em Boa Vista, ocupado pelos índios desde segunda-feira (30).

De acordo com o MS, o processo de exoneração ocorreu a partir de avaliação da gestão da saúde oferecida à população indígena Yanomami. A coordenadora será substituída interinamente por Maria de Jesus do Nascimento, especialista em saúde pública e funcionária de carreira do Dsei, que participou da reunião, acompanhada da chefe de gabinete da Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Verbena Mello.

Entenda o caso

No final de dezembro, índios Yanomami ocuparam o prédio da Sesai pedindo a exoneração de Claudete Schuertz e melhorias na saúde indígena. "Nossas crianças estão morrendo pela falta de remédios. Pedíamos que Claudete nos ajudasse, mas ela não nos escutava. Queremos o apoio da Dsei, mas não queremos mais que Claudete chefie a casa", disse Davi Kopenawa, líder indígena, na ocasião.

Após a invasão do órgão e retirada de Claudete de dentro do prédio, a substituta da coordenadora do Dsei também teve a sala invadida e foi indicada pelos indígenas como coordenadora interina do Distrito. Os funcionários da Sesai deixaram o prédio temendo sofrer violência.

Por telefone, Claudete Schuertz informou à reportagem do G1 na semana passada que sabia da existência de um documento enviado à Brasília solicitando a saída dela.

"Estou na expectativa de que isso [exoneração] não aconteça. Acredito que fiz um bom trabalho durante todos esses anos", disse ela. Claudete também acrescentou que o nome indicado para assumir a coordenação seria o de João Catalano, atual coordenador da Frente de Proteção Etnoambiental Yanomami e Ye´kuana da Funai (FPEYY).

Desde que surgiu o nome de Catalano, o G1 tentou contato com ele, mas não conseguiu. O telefone está fora de área. Funcionários da Funai que estiveram na Sesai na tarde desta sexta-feira que o coordenador da FPEYY está em "período de recesso".

Ao fim da reunião, os índios deixaram o prédio da Sesai após cinco dias de ocupação.

Fonte: Érico Veríssimo do G1 Roraima

 
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