Documento Final do 2° Encontro Nacional sobre Educação Escolar Indígena |
Ter, 04 de Novembro de 2014 15:02 |
De 28 a 31 de outubro, professores, professoras e lideranças indígenas, representantes de 52 povos de todas as regiões do Brasil, reunidos no Centro de Formação Vicente Cañas, no 2° Encontro Nacional sobre Educação Escolar Indígena, debateram e refletiram sobre a situação da educação escolar indígena no Brasil. Os indígenas reivindicaram uma educação que valorize os saberes tradicionais e contemple as especificidades de cada etnia. Nós, professores, professoras e lideranças indígenas, representantes de 52 povos de todas as regiões do Brasil, reunidos no Centro de Formação Vicente Cañas, em Luziânia (GO), no 2° Encontro Nacional sobre Educação Escolar Indígena, debatemos e refletimos sobe a situação da educação indígena e a educação escolar indígena no Brasil. Durante esses quatro dias analisamos a conjuntura política nacional e percebemos o aprofundamento do ataque aos nossos direitos. Diante disso, protocolamos no Palácio do Planalto um documento onde apontamos as dificuldades que encontramos para podermos fazer uma educação específica, diferenciada e de qualidade nas comunidades. Sabemos que a educação escolar indígena já é um direito conquistado e que vem sendo negado; conhecemos o Modelo de Educação Própria, ouvindo sobre a experiência do povo indígena Shuar, do Equador; refletimos sobre a escola colonizadora, que tem o currículo como conteúdo e a escola descolonizada, que tem o currículo como identidade; e refletimos ainda sobre sistemas abertos. Dessa forma, entendemos a Educação Escolar Indígena como um foco principal da nossa realidade, na luta pela sobrevivência em nossos territórios, pelos nossos saberes, pelas tecnologias, nossos modos de produção e nossas cosmologias. Leia mais: Professores indígenas protestam em Brasília pela demarcação das terras e melhorias na educação Fonte: Conselho Indigenista Missionário - Cimi |