A polêmica gestão do território Yanomami com áreas de proteção ambiental superpostas PDF Imprimir E-mail
Qua, 05 de Setembro de 2012 13:40

Ocorreram importantes encontros do representante da Hutukara, Davi Kopenawa, conjuntamente com os representantes da Rede Rio Negro, da qual a Secoya toma parte, com os representantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ICMBio e com os representantes do Centro de Unidades de Conservação-CEUC da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas-SDS no intuito de buscar soluções e apresentar proposta em relação as áreas de conservação sobrepostas com o território Yanomami. Trata-se da Floresta Nacional - Flona Amazonas (de responsabilidade do ICMbio, portanto de nível federal) e do Parque Estadual Serra do Aracá sob responsabilidade do CEUC, de alçada estadual.

É importante lembrar que as Unidades de conservação representam nada menos de que 85% da Terra Indígena Yanomami no Estado do Amazonas, o que inviabiliza a autonomia do povo Yanomami sobre as terras que tradicionalmente ocupa.

A Hutukara e a rede rio Negro apresentaram um documento ao ICMBio no sentido de solicitar a desafetação da Flona, entendendo que a mesma não faz mais sentido de existir desde que o território Yanomami foi homologado em 1991. A preocupação reside no fato deque o Decreto que criou as Flonas possibilita a exploração econômica dos recursos naturais da floresta tanto pelos Yanomami quanto que por terceiros. 

No CEUC a reivindicação da Hutukara deu-se no sentido de solicitar a revisão dos limites do Parque Estadual, verificando a necessidade de proteger áreas de entorno do território Yanomami principalmente em sua região sul e atualmente desprotegidas.

Veja os documentos na integra:

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