Acaba de ser denunciado pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Venezuelana - COIAM nova matança de Yanomami do xapono (casa coletiva) Irotatheri, localizada nas cabeceiras do Rio Ocamo, na fronteira da Venezuela com o Brasil, por garimpeiros brasileiros.  A COIAM, que congrega 13 organizações indígenas da Amazônia Venezuelana, divulgou no dia 28 de agosto um documento baseado no relato de três sobreviventes Yanomami denunciando tal atrocidade.

Apesar de ter ocorrido duas décadas desde o massacre do Haximú, praticamente nada mudou frente ao grave problema da invasão garimpeira no território Yanomami, tanto no Brasil quanto na Venezuela, a não ser ações pontuais que não conseguem inibir o ingresso clandestino dos garimpeiros no território Yanomami, nem solucionar o problema de modo definitivo.

Segundo os sobreviventes do xapono Irotatheri, os garimpeiros cercaram a casa coletiva e atiraram contra a população, chegando depois a queimar a aldeia.

Ainda não se têm informações certas do número de vítimas desse massacre que ocorreu apesar de diversas denúncias apresentadas pelo Yanomami às autoridades Venezuelanas.

No Brasil, diversas denúncias já foram apresentadas pela Associação Yanomami Hutukara (HAY) e outras instituições às autoridades competentes em relação ao aumento da atividade ilegal de garimpo no território Yanomami.

Enquanto o Conselho Estadual do Meio Ambiente, procura estabelecer procedimentos a serem observados no licenciamento ambiental para a atividade de lavra garimpeira de ouro no Estado do Amazonas, através da Resolução CEEAAM N° 11/2012 sem, todavia, reunir as condições efetivas de monitoramento em campo e impondo condições que os garimpeiros dificilmente conseguirão atender, os interesses econômicos falam mais altos e os cenários trágicos se repetem, sendo o povo Yanomami mais uma vez atingido em sua integridade.

Veja o documento da COIAM na integra:

Anexos

Arquivo	Descrição	Tamanho do arquivo
Doc.pdf	Massacre de Yanomami da Venezuela	53 Kb