Diversas organizações, ligadas ao movimento socioambiental amazonense, entre as quais a Secoya, estão divulgando a partir de hoje, 21 de março, uma carta-manifesto em que expõem sua reprovação à maneira pela qual a política ambiental do Estado vem sendo conduzida pelo governo Omar Aziz (PSD). O documento, intitulado “Ameaças Diante da Fragilidade das Políticas Socioambientais no Amazonas”, é assinado por 19 entidades da sociedade civil que representam cientistas, ambientalistas, indígenas, ribeirinhos e extrativistas.

Segundo a carta, o sistema de gestão ambiental do Amazonas é “frágil” e “tem gerado um cenário negativo para a conservação da biodiversidade regional, assim como para grupos sociais”. O documento aponta a falta de estrutura da máquina pública, a falta de vontade política e a defesa de interesses contraditórios à agenda socioambiental como causa deste processo de fragilidade.

A carta cita ainda alguns dos graves problemas relacionados ao Meio Ambiente que ocorrem hoje no Amazonas: a redução de Unidades de Conservação; a ameaça a patrimônios naturais e culturais brasileiros, como o Encontro das Águas; a falta de eficácia do processo de regularização fundiária no Estado; o incentivo “irresponsável” e “unilateral” a atividades de mineração; e a falta de “dotação orçamentária adequada” à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável (SDS), contemplada com apenas com 0,41% do orçamento anual do governo do Amazonas.

O documento, além de tornar pública a indignação das entidades, tem como objetivo servir como uma “convocação” para que a sociedade civil, em todas as suas esferas, possam se mobilizar para que exista, de fato, esperança de um futuro melhor para a vida na Amazônia.

Segue abaixo a carta na integra em português e inglês:

Anexos

Arquivo	Descrição	Tamanho do arquivo
Letter from Amazonas Civil Society.pdf	Doc. em inglês	211 Kb
Carta da Soc Civil do AM_Final.pdf	Doc. em português	248 Kb