Uma delegação de representantes Yanomami do rio Marauiá esteve no Ministério Público Federal do Amazonas no dia 15 de julho passado, solicitando apoio e apresentando documentos referentes à situação de exploração a que são submetidos parentes Yanomami na comunidade da Águas Vivas, no rio Preto, município de Santa Isabel do Rio Negro. De fato, trata-se de 97 pessoas que saíram da aldeia do Ixima no rio Marauiá há dois anos e que, segundo os membros da delegação, são explorados pelos patrões da região no serviço de  extração da piaçaba. Sofrem todo tipo de interferência em sua cultura tradicional como a introdução do álcool e o abuso das mulheres Yanomami.

Informaram ainda que não recebem assistência à saúde, uma vez que a Funasa recusa-se a prestar assistência por estarem fora da Terra Indígena. Relataram ainda o problema da exploração da piaçaba dentro da terra indigne Yanomami, na região do alto Rio Padauiri

Durante a audiência, expressaram ainda suas preocupações relativas a total falta assistência por parte da Funasa, situação que atinge hoje toda a população Yanomami, tanto de Roraima quanto do Amazonas. Segundo as lideranças, ocorreram diversos óbitos nos últimos dias, por conta da falta de assistência preventiva. Informaram ainda do aumento dos casos de malária na região Yanomami do Amazonas, trazendo sérias conseqüências para a saúde da população.