A Secoya está acompanhando a realidade dos Momohiteri, grupo localizado na Venezuela, próximo a fronteira com do Brasil. Este grupo, composto por 121 pessoas, localiza-se a três dias de caminhada do grupo dos Konapimateri cujo xapono está situado hoje na cabeceira do rio Marauiá. O mesmo havia migrado há mais de uma década para o Brasil, em função dos graves problemas de saúde então enfrentados por esta população.

Momohiteri no Curso de Liderança

Os Momohiteri são parentes próximos dos Konapimateri, já que ambos os grupos já moraram juntos no passado. Hoje, os Momohiteri sofrem pela falta de assistência de saúde que não recebem, nem do Brasil nem da Venezuela, por se encontrar em local distante e de difícil acesso.  Segundo Enérzio, filho do tuxauá, participante do curso de formação promovido pela Secoya, este afirmou que no xapono há muito problemas de saúde, são poucas as crianças entre 0 a 5 anos devido às doenças contraídas, inclusive a malária. Este é o motivo pelo qual o periomi (liderança máxima) Sarakona tem demonstrado interesse em deslocar-se para o lado do Brasil, em busca de apoio e assistência de saúde além de se aproximar de seus aliados do Kona. Na ocasião do encontro, todas as lideranças presentes manifestaram-se a favor da vinda deste grupo para o Brasil.

Ernézio, filho do tuxáua Sarakona "Momohiteri"

A equipe da Secoya, preocupada, estará acompanhando de perto esta situação, envolvendo, se necessário, outras instituições para verificar a situação de saúde desta população.

Coordenação Geral da Secoya.